Lhamas, salamandras, saguis, cobras e iguanas são animais que normalmente vemos apenas no zoológico. Porém, para alguns moradores de São Paulo, essas espécies substituem os “tradicionais” cães e gatos no posto de animais de estimação. Criados em casas e apartamentos, muitos desses bichos diferentes criam vínculos com seus donos – e lhes rendem situações inusitadas. Quem opta por um animal exótico costuma já ter tido bichinhos de estimação mais comuns – algumas vezes, eles até compartilham o mesmo espaço na casa. É o caso do estudante de biologia Carlos Alves Sêbode, de 22 anos. Ele já teve duas cobras e atualmente cria nove salamandras, uma arara e três cachorros em um apartamento no Ipiranga, na Zona Sul da capital.
Até hoje, os animais que causaram mais problemas em casa foram as cobras - uma jiboia e uma cobra do milho americana. Uma delas fugiu do terrário onde ficava e comeu o ratinho de estimação criado por sua noiva – também estudante de biologia e amante de animais. “Minha mãe também não gostava. Algumas vezes a jiboia, que chamava Raul, fugia, e ela ficava doida. Eu levava ela para a casa da minha noiva, que criava aranhas no quarto dela”, explica o estudante. Com as salamandras, a relação é mais distante. O contato não é muito bom para o animal, pois tira a mucosa que reveste seu corpo. Já a arara, ainda filhote, é tratada como criança – recebe papinha na boca. Além de comer o ratinho de estimação de sua noiva, as cobras também causaram outra situação inusitada para Sêbode. “Levei uma delas uma vez ao veterinário, de ônibus, dentro de uma caixa transparente. Perguntei para o motorista se podia entrar, e ele deixou. O pessoal ficou meio assustado, mas até hoje sou conhecido como o ‘homem da cobra’”, contou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário